Hoje eu nem sei o que escrever aqui, sério.
Só sei que a cada dia que eu pego ônibus eu filosofo comigo mesma sobre a vida. Da próxima vez vou fazer uma postagem de dentro do ônibus, sairá supimpa.
Já que não tenho nada útil pra falar, vou tentar lembrar de alguma história legal para contar.
Vou falar sobre o meu último reveillon, já que estamos perto do desse ano...
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Bom, eu não sabia o que fazer e nunca havia passado um reveillon com os amigos na Barra. Descobri um amigo que queria ir, e fomos.
Bem, fomos ao ponto de ônibus as nove horas da noite e perdemos pelo menos uns 4 ônibus devido a demora de alguém que não lembro agora.
Não passaram mais ônibus..........................
Pegamos um micro-ônibus que estava lotado parecendo o inferno comprimido.
NOTAS IMPORTANTES:::
1- havia uma criatura que eu denominei de "sacizeiro" com as pernas arreganhadas atrás de mim (eu estava em pé) demonstrando estar bastante animado para o evento - reveillon - pois iria ter uma banda chamada "A Bronkka" e que ele iria fumar todas e estava empolgado para brigar bastante. CHOREI.
2- havia outra criatura tentando sair pela janela do mísero micro-ônibus alegando que iria se matar, já estava com as pernas para fora (do meu lado) quando alguém o puxou para dentro. Ele estava do meu lado também.
VOLTANDO:::
Até aquele momento eu estava achando que nada pior poderia acontecer e me arrependi de não ter ficado em casa tomando champagne com o meu pai. Mas... não. EM UM DADO MOMENTO a porcaria do micro-ônibus parou no meio da pista e pessoas começaram a gritar repetidamente "quebrou, quebrou!"
E sim. Quebrou. Eu já estava quase chorando... e desci da porcaria do veículo.
Ficamos em um ponto de ônibus praticamente no meio da rua... não passava mais ônibus para a Barra.
Meu amigo teve a brilhante e magnífica ideia de ir falar com o dono de uma kombi que estava aos pedaços para que ele nos desse carona. Eu fiquei ~apenas~ observando. Mas ele viu meu olhar observador intenso e desistiu de ir pedir isso ao tiozão.
DE REPENTE resolvemos ir até o comércio (acho que era um sábado, as DEZ HORAS DA NOITE. O comércio não estaria funcionando. Só as almas estariam lá.). Mas pegamos um ônibus que iria para o Itaigara e fomos.
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Descemos no Comércio e não tinha UMA ALMA.
Fomos literalmente CORRENDO até o ponto da Ladeira da Montanha (kkk) e ficamos uma cara esperando o ônibus. Até que 3 almas (turistas) apareceram andando tranquilamente (retardados), e estavam preocupados não com o lugar e o local, mas com as roupas que usavam. Houve um comentário direcionado a mim que dizia o seguinte: "olha, o povo da capital usa short!" Tipo "¬¬"
Enfim, pegamos um ônibus cheio do caralho que ia até sabem onde? CAMPO GRANDE. Apenas.
Genteeeee, nós ainda fomos andando do Campo Grande até a Barra. Sim-ples-men-te.
Enfim...
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Chegando na Barra minha vida mudou.
Gente... minha vida mu-dou.
Eu vi aquele emaranhado de pessoas aparentemente sujas e escandalosas, e a rua suja demais, e uma gritaria, uma agonia, pessoas correndo, e tudo apertado, ladrão metendo a mão nas pessoas para roubar...
Eu estava tão estressada que tava tendo calafrios e apertando os olhos.
Pena que meus amigos gostam de pagode e estavam incomodados com a minha cara, que deveria estar parecendo um cu com cãimbra, e eu estava me sentindo incomodada por passar essa imagem para eles. Mas olha, 1 FATO SOBRE MIM: sou a pessoa mais expressiva que você pôde conhecer. E eu soube isso pelos outros! Logo, não posso mentir, pois minha cara revela o que eu estou pensando. Por isso as vezes nem falo nada, pois minha expressão diz por mim.
Enfim, eu estava muito chateada com a vida inteira, querendo ir pra casa, odiando tudo aquilo... provavelmente eu estava com cara de choro, porque sou bem esse tipo de retardada que chora por tudo. (sim).
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Chegou a hora da virada.
Meus amigos me puxaram para o meio daquele mar de gente tenebroso e... fizeram a contagem errada. Agora eu não consigo lembrar se terminaram de contar antes ou depois do tempo certo, mas teve algo bem errado...
Eu sei que, no momento da virada eu me senti um lixo. Olhei para o céu e disse em voz alta:
"esse foi o pior reveillon da minha vida."
E comecei a chorar (sim).
Choreeei, chorei, chorei de raiva, de tristeza e de um monte de coisa que a gente chora quando esse sentimentos vem à tona.
Quando eu finalmente resolvi sair daquele bolo de pessoas que estavam me irritando profundamente, olhei para uma direção qualquer e tomei um banho de cerveja na cara QUE FOI A GOTA D'ÁGUA PARA EU FICAR AMUADA ATÉ A HORA DE IR EMBORA.
Odiei a minha vida aquele dia.
AH, detalhe importante: a atração da noite foi Parangolé e eu só soube quando estava a caminho da Barra! =DDDD~~~~~~
Sim, eles continuaram tocando e os pagodeiros foram todos fazer aquela dança que vocês sabem como é, e eu ficando depressiva como se não houvesse amanhã (e eu acho que naquele momento realmente não havia).
Enfim... não aconteceu nada mais de interessante para eu narrar depois disso, porque eu fiquei encostada no ponto de onibus esperando as horas passarem para que eu pudesse voltar pra casa e dizer à minha mãe que eu estava arrependida e nunca mais iria àquele lugar, e queria dizer a todos os meus amigos que nunca fizessem isso: NUNCA FAÇAM ISSO, SÓ AVISANDO.
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Houveram partes boas que foi quando eu encontrei Édipo, que pensou que eu tivesse sido estuprada porque eu não atendia o celular (ficou sem rede) e Thiago. Foi lindo encontrar os meninos.
Foi bom estar com Ramon e os amigos dele e rir dos pagodeiros até o momento em que o próprio Ramon desatou a dançar pagode loucamente e eu ficar com cara de cu olhando para ele.
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Houveram partes aleatórias como quando o tio que vende Redbull resolveu chegar até onde eu estava, ME DAR a bandeija de Redbulls para eu SEGURAR~ , PEDIR para eu tomar conta do SACO DE REDBULLS dele e de outras coisas que deveria ter lá dentro que não me interessavam e eu ACEITAR fazer tudo isso =D
Boa ação, né gente. Algo de bom tinha de acontecer aquele dia.
Depois o pessoal foi para o Cristo ver o sol nascer. Porém o local estava todo sujo e vomitado e eu fiquei incrivelmente desconfortável e sem força para viver querendo voltar para casa como se não houvessem vírgulas nem pontuação nenhuma nessa frase que acabei de fazer demonstrando o meu desespero adquirido naquele momento.
♥ Fim ♥
Um comentário:
Meu Senhoooooor que jeito mais cu de finalizar/começar o ano né Naty? Se bem que esse ano do jeito que as coisas vão para mim vou acabar me metendo em uma dessas, vamos aguardar as cenas dos proximos capitulos... rs
Essa coisa de filosofar consigo mesma no ônibus é tão eu, todos os dias tento me encontrar nas esquinas, e até elaboro textos em minha mente nesses momentos.
Obrigada pela visita do meu blog, beijão
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