Acordou, ligou o notebook e foi preparar um café.
Encheu a enorme caneca com café, colocou a caneca ao lado do notebook, na mesa, e começou a trabalhar. Era a sua primeira experiência como escritora, a primeira obra da sua vida... e ela retrataria só Deus sabe lá o quê.
Cidade de São Paulo, entre o lindo jogo de luzes dos arranha-céus e dos faróis dos carros e dos neons dos cyber café e de outros estabelecimentos. Era noite. Ela trocava o dia pela noite, e estava achando muito interessante essa vida, porque ficava durante o dia dormindo, e quando começava a noite, acordava e começava a escrever. A mesa do notebook ficava virada para a enorme sacada revestida de vidro, onde tinha-se uma visão quase nova iorquina da cidade de São Paulo. Isso era inspirador.
Morava num prédio muito alto, de ótima localização, onde, igualmente, o perigo era grande também. Residia no último andar: o décimo primeiro. O apartamento era o último do corredor, e o prédio ficava na última rua do último condomínio do bairro.
Paula Latiffa. Esse era o nome dela. Utilizava de um pseudônimo: Samira Zahad.
Era filha de árabes, e admirava a cultura oriental, principalmente a do país descendente: o Egito.
A casa era decorada baseada nesses gostos; cheia de tapetes, e lenços e insensos e mensageiros do vento, como também quadros e etc. Tinha o cabelo castanho, mas não gostava. Queria que fosse preto, igual as iranianas. Era normal: magra, alta e meio bronzeada. (era morena a cor verdadeira, mas a falta de oportunidade de ir a praia somada a falta de sol de SP, não ajudavam ela a manter a cor original); o cabelo escorria-lhe pelas costas. Era bonito.
...Acabou o quinto capítulo do livro que estava fazendo. Resolveu sair. Tomou banho, se maquiou e arrumou, se perfumou, pegou a bolsa, fechou o notebook e colocou a caneca na pia e saiu.
Bateu a porta.
Mas, de repente veio um estalo: esqueceu as chaves lá dentro.
Mas tinha as reservas dentro da bolsa, sentiu um alívio e abriu a porta.
Quando entrou, a primeira coisa que olhou foi o que estava reluzindo na mesa de vidro: as chaves. Mais uma vez, ficou aliviada. Pegou as chaves e saiu.
Não trancou a porta, pois, dentro de um condomínio, na última rua, o último prédio e o último apartamento do último corredor do último andar, parecia-lhe meio perturbadora e cansativa a ideia de um suposto ladrão invadir a sua casa. Saiu despreocupada, não passou a tranca, pois tinha o porteiro. Estava tranquila.
Desceu até o estacionamento e foi em direção ao carro. Estava tudo muito deserto lá embaixo e as luzes do estacionamento falhavam de vez em quando; ficavam piscando, e isso era meio assustador... mas nada preocupante.
Seguiu até o local de sua vaga, numa esquina do estacionamento.
Quando encostou no carro, sentiu que passou alguém atrás dela. Olhou. Nada viu. O coração começou a bater um pouco mais forte do que antes... Mas ela firmou-se; continuou a olhar em volta do amplo local e nada viu, além da sombra de si própria que se projetava a sua frente, pois estava embaixo da luz.
Ficou hesitante em voltar ao apartamento e trancá-lo, mas, pensou novamente em todo o trabalho que o suposto criminoso teria e resolveu seguir adiante assim mesmo, porque ela, se fosse alguma ladra, mediria sim, óbvio, todos os esforços se fosse invadir um apartamento tenebroso situado nas últimas localizações de um certo lugar.
Ligou o carro. Faróis do outro lado do estacionamento se acederam na mesma hora.
Ela esperou o carro sair. Mas nada. E não dava pra ver quem estava dirigindo.
Ela pensou: Quer me desafiar? Então vamos lá.
E ficou parada, esperando pra ver o que iria acontecer.
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Continua...
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Comecei essa cronica hoje!
Mas estou pensando em transformá-la numa história.
Vou deixar aqui. Se repercutir, continuo. Se não, eu páro.
Se alguém quiser que eu continue, é só avisar. Certo?
Até Mais :)
2 comentários:
Eu gostaria1 Fiquei super curiosa..Continua???Bju
Menina, parabéns, seu texto começou de uma forma fantástica! Estou ansiosa (e curiosa) pelas próximas partes, por favor não pare!!!!O que acontenceu com a personagem??? Conta, conta, conta!!!
PS: apesar de seu convite (provocação?) ser tentador eu acho que essa estória tem que ser contada a duas mãos, apenas! É isso, minha cara, ela lhe pertence! Pelo menos até o momento que você a torne pública...
Bjinhos!
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